terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Bonus Track - A garota Chocolate

A primeira vez a gente nunca esquece.( Garota Chocolate )

A primeira vez em qualquer coisa que se faça, ou por qual se passe na vida sempre é importante. Muitas vezes nem sempre agradáveis, mas é um aprendizado. Por vezes traumática, cômica e aquela sensação de ....ufa.......estar tirando uma tonelada de sobre nossas cabeças. O que nos resta? Apenas aguardar que venha a próxima.

De todas as primeiras vezes que tive na vida, a mais maluca com certeza, foi a primeira broxada. A primeira vez que o meu pau literalmente parecia ter morrido.

Era uma noite de inverno sulista, tinha saído de casa com um único propósito: Beber. Encher a cara. Calças rasgadas e sujas, tênis despedaçando–se pelo caminho, camiseta branca (que podia ser de tudo menos branca) e a velha jaqueta de couro.

Comecei com duas cervas geladas e uma porção de batatas fritas, depois matei uma garrafa de vinho de uma Marca duvidosa, mas já estava alcançando meu objetivo, depois pedi mais uma porção de batatas e uma cerva. É aquela hora que a grana acaba e você leva quase uma hora para beber uma mísera cerveja. Um gole e aquela olhada pra um ponto fixo perdido no infinito, talvez admirando alguma fenda para uma dimensão paralela que somente os bêbados consigam enxergar.

Estava como se dizia na época, empedrado, levantei minha carcaça e fui caminhar, lentamente até a parada de ônibus. Um trajeto curto, mas no meu estado era quase uma façanha heróica. Cheguei na parada, puxei um cigarro e o acendi contra o vento, pelo menos tentei, umas quatro vezes. Uma voz gostosa disse:

- Melhor você virar para o outro lado, senão você nunca vai conseguir.

Virei de lado e consegui acender o desgraçado, enchi meu pulmão jovem de nicotina, enquanto a cidade parecia girar ao meu redor. De novo aquela voz macia deu o ar da graça.

- Viu eu tinha razão?
- Thanks baby (tentando ser charmoso, despejei meu inglês macarrônico). E olhei a dona da voz, uma mulata de seios enormes , gigantes mesmos , bunda grande e um lindo sorriso , mas nem um pouco bonita de rosto.
- hummmm , Americano? (respondeu com um sorriso lindo)
- Não! Apenas um bêbado metido a besta esperando o corujão (O ônibus que passa de hora em hora para recolher os seres da noite na capital sulista)
- Eu também. Tem um cigarro?
- Claro que tenho, princesa. Acho que é só o que tenho pra oferecer.

Ela foi acender o cigarro, senti seu cheiro, uma mistura de perfume e suor. Delicia. Ficamos conversando aquela conversa típica de bêbado, um assunto mais absurdo que outro, esperando a chegada do ônibus . Como todo cara sem noção joguei minha conversa mole pra cima dela.

- Olha gata.
- fala!
- Eu to bêbado....
- Não me diga?Não tinha notado.
- Putz sem sarcasmo , posso continuar?
- Desculpa, pode.
- Continuando... tô bêbado , indo pra minha casa, dormir sozinho numa cama imensa, não sei seu nome , se você é casada ou tem namorado, isso pra mim não me importa....eu só queria ficar com você em baixo dos cobertores nessa noite fria.
- Que doideira garoto.
- Desculpa se te ofendo, mas sei lá. Pelo visto você não encontrou ninguém interessante esta noite , eu também não, somos jovens , ta frio , você é sexy....sabe como é ? desculpa ai então.
- Caso eu topasse , porque na sua casa? E não na minha?
- Bem achei que falando na minha casa, você se sentiria mais segura, sei lá, podia imaginar que sou um ladrão.
- E indo pra sua casa, posso pensar que você é um estuprador? (pensei em dizer na hora, toco no Jack e os Estripadores , mas ficou somente na idéia , talvez ela não entendesse a piada)
- olha não vou te mentir, uma das minhas intenções é te comer, não te estuprar...
- Cara você é doido. Nisso ela deu uma gargalhada gostosa. (segundo as teorias de boteco, se a garota der uma gargalhada, ela esta no papo).
- Isso é um sim?
- Pode ser também um não.

Ela se aproximou. Fogos de artifícios. Um beijo de língua quente, daqueles que te deixam sem fôlego, na hora eu fiquei ligado. Mãos descendo e subindo, dentadas, chupões e frases pornográficas de quem quer fazer valer a noite. Quase perdemos o corujão, fomos nos agarrando no último banco, quase transando. Sem se importar com as pessoas em volta.

Ela teve que me ajudar a colocar a chave na fechadura, eu estava em estado lastimável. Cai na cama. A mulata como uma caçadora venho por cima, me beijando como alguém que não transava a séculos . Tirou minhas calças, rasgando elas um pouco mais, minha cueca e .....

Ele tinha morrido , meu pau não dava sinal de vida, ela fez de tudo o que uma garota poderia fazer para o reanima-lo, mas nada fazia efeito.

Eu não sabia o que dizer, isso nunca tinha acontecido. Merda! Será que nunca mais ele levantaria na vida, será que era o reflexo do excesso de punheta na adolescência, a bebida o cigarro? Porra eu to tenho 19 anos ,vou virar um broxa , prefiro a morte.

Todo o tipo de merda te passa na hora pela cabeça, e para piorar a garota começou a chorar seminua na beira da cama. Juntei o resto de humanidade que me restava e fui até ela.

- Calma princesa, não chora.
- Você não me acha atraente?
- Claro que sim , o problema é comigo , bebi demais....te achei um tesão , adoro garotas de seios grandes , é uma coisa meio maluca , nunca tinha me acontecido , mas se acalma.
- Tem algo pra beber? (ela perguntou limpando as lágrimas)
- Água e café preto, na segunda hipótese...se você souber fazer
- Me diz onde esta as coisas na cozinha que eu faço um café pra nós dois e depois vou embora.
- te digo onde esta, mas depois você deita comigo.
- Só deitar?
- Só...nem precisamos ficar abraçados .....que tal?
- Negócio fechado

Fui tomar um banho, pra me sentir um pouco mais humano, enquanto ela fazia o café. Bebi duas xícaras cheias sem açúcar em silêncio, enquanto ela falava sorvendo bem devagar o seu café.

- Fui numa festa com meu namorado, a gente discutiu por alguma besteira. Eu o magoei ,admito. Dizendo coisas pra machucar sabe?
- aham
- Nos separamos, fui no banheiro retocar a maquiagem. Quando voltei, ele estava de amasso com uma branquela , acredita?Três anos de namoro, e ele faz isso.
- Difícil acreditar
- Saí correndo do lugar e fui parar naquela parada , resolvia a transar com o primeiro cara que aparecesse e me desse uma cantada.
- Eu?
- Você foi o segundo.
- Não entendi, você disse o primeiro.
- Não fui com a cara o primeiro, e você tem bom papo e parecia mais inofensivo.
- Põe inofensivo, meu pau nem levanta. Nisso ela deu um sorriso que encheu a cozinha.
- Se você for bonzinho, quando acordar e estiver melhor, eu prometo te curar.
- Nossa vou logo dormir então, para acordar mais rápido.
- bobo
- mais elogios, assim você me deixa de ego elevado, já que o pau....
- Para com isso senão mudo de idéia. Vamos dormir.
- Ok.

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Levantei com uma dor de cabeça leve, um fato incrível pela quantidade de álcool consumido na noite anterior. Talvez o banho antes de dormir e o café preto sem açúcar tenham ajudado. Levei uns 30 segundos para lembrar de tudo que tinha ocorrido, a mulata estava ao meu lado, somente de calcinha. Dormindo de bruços. Sua bunda era imensa, tinha algumas celulites, mas nada que apagasse a sua beleza imperfeita, a calcinha não deixava espaço para a imaginação, escondida no meio daquelas nádegas que estavam me deixando cheio de tesão. Não sabia se tomava iniciativa, se ficava na minha, afinal ela somente queria vingar-se do namorado, além do mais tinha bebido, não tanto quanto eu. Mas sei lá aquela bunda pornográfica me fez agir como um canalha.

Fui mordendo devagar aquela imensidão de carne lentamente, mordendo e lambendo. Aos poucos ela foi se acordando, eu esperava algum sinal para seguir em frente ou encerrar a festa. Mas uma voz de alguém que estava afim de sexo, falou bem devagar.

- Você tem duas horas para sair daí !!
- Quer serviço completo madame?
- Acho que eu mereço ou não ?
- Com certeza, depois do meu vexame de ontem a noite
- Mas eu vou de curar, esqueceu da minha promessa ? ( Nisso eu já aumentava o ritmo , mordendo nacos suculentos daquele bundão )
- Mas e o seu namorado? ( pergunta imbecil a minha , mas que surtiu um efeito devastador na garota )

Ela me empurrou para fora da cama, virou–se de frente e tirou a calcinha. Nossa como eram lindos aquelas montanhas com mamilos grandes e escuros, uns senhores par de peitos.

- Preciso dizer mais alguma coisa? (me olhando como se eu fosse alguém que fosse ser devorado)
- Não.

O seu cheiro me deixava enfeitiçado, para apagar a minha imagem de fracasso fiz o serviço completo. Dando um banho de gato na mulata. Indo das pontas dos pés, passando por sua caverna úmida e terminando na sua boca. Mordendo. Lambendo. Arranhando.

Era uma legítima trepada ou uma bela foda , tudo menos sexo , muito menos amor. Ela tinha coxas fortes e me deu uma chave de pernas me puxando para dentro dela, fiquei até meio assustado, porque nunca tinha feito daquele jeito, mas ela gostava assim, seus olhos pareciam saltar dos olhos, aqueles peitos balançando de forma frenética me deixavam hipnotizados, eram os maiores que tinha visto na vida até então e ela notou o meu fascínio por eles, porque não fazia a menor menção de assegura-los , deixava os livres. E apesar da manhã fria , nós estávamos pingando suor.

Ela berrava obscenidades do tipo, “Não Para”, “mais forte”, “mais forte e mais rápido”. Bem com certeza eu estava curado, apesar de estar quase morrendo comendo aquela gostosa, e no momento exato como se ela soubesse exatamente o que estava fazendo, ela puxou com toda a força para dentro dela, e gozamos ao mesmo tempo.


Cai deitado ao seu lado, pingando a suor. O quarto tinha aquele cheiro agradável de sexo. Ela se aninhou nos meus braços e ficamos abraçados esperando o corpo voltar a temperatura normal. Nessas horas não te passa muita coisa na cabeça, e quase que como um ato involuntário eu deixei escapar.

- Menina, você é uma trepada e tanto, seu namorado é um cara de sorte.
- Obrigada, mas vou te dizer , fazia tempo que eu não trepava.
- Como assim? Vocês não transam? Você e seu....
- Transar a gente transa, mas a muito a gente não trepa.
- Não entendi. Nisso Já tínhamos puxado as cobertas, e como quem não quer nada, fui acariciando aqueles seios generosamente naturais.
- Quando eu o conheci, foi atração física pura. Ele me comia com os olhos, na cama era como foi agora contigo. Ele trepava comigo, Fodia comigo.
- Mas porque mudou?
- Pior é que eu mesma não sei, todo aquele tesão foi transformando –se em amor, um foi conhecendo a família do outro. Ele começou a ser mais contido, reclamando das roupas mais ousadas. E a gente parou de trepar e começou a fazer amor.
- Olha não tenho muita experiência em namoros, mas eu me coloco um pouco no lugar dele, tive uma educação católica rígida e durante muito tempo me sentia culpado. E usando essa linguagem que você usou, me sentia culpado por trepar ou foder uma menina , eu queria era fazer amor com elas , mas eu fui vendo que não existe certo ou errado em sexo , tudo é permitido desde que traga prazer e não violente os limites do outro.
- Um homem de mente aberta, ela disse abrindo um sorriso. Nisso eu já apertava os dois seios com uma certa força.
- E você já chegou a falar com ele sobre isso?
- Já, mas ele disse que vou ser a esposa dele, a mãe de seus filhos. Que não quer me tratar como uma puta.
- Ele deve ter tido a mesma educação que eu tive, mas se você gosta dele, ama ele mesmo...devia conversar de novo , depois de uma briga as vezes as coisas parecem mais claras.
- Você diz isso apertando meus peitos?
- Eles são lindos, desculpe. Numa recuada estratégica eu tirei as minhas garras sobre aquelas montanhas de chocolate.
- Eu não disse para você parar....mas o engraçado é que a briga foi por causa dos meus peitos
- Sério? Novamente fui ao ataque, dessa vez beijando de leve eles.
- Aham, ele disse que todos os caras de festa estavam olhando para os meus seios , que eu tinha que usar umas roupas mais discretas e toda uma conversa machista.
- Olha desculpa a franqueza seus seios são de outro mundo, grandes, macios, naturais...ele tinha que se orgulhar , agora quanto aos outros olharem , então que tal ele namorar uma baranga?Com certeza ninguém olharia .....
- Você tem umas idéias malucas demais pra sua idade
- Tu nem sabe a idéia, alias o desejo que esta passando pela minha cabeça. Disse isso com a maior cara de tarado do planeta, o que de certa forma a assustou, mas no fundo acho que ela queria também.
- To com medo?
- É somente pedir para eu parar
- Não...vai eu sempre quis, mas nunca fiz
- Relaxa, peguei um dos tantos cremes hidratantes que tinha no banheiro da minha casa e derramei no meio daquelas montanhas , me posicionei e fui entrando e saindo , enquanto ela os apertava com as mãos , fiz devagar ....e foram quase meia hora naquela loucura , em mais um gozo intenso inundando aquele vale de chocolate.
- Nossa adorei, nunca tinha feito.
- Se chama espanhola, faz com teu namorado e ele vai esquecer essa bobagem toda, porque tenho certeza que vocês se amam.
- Tu fala isso depois de comer pela segunda vez?
- Como você mesmo disse. Nós trepamos, mas se tocar o telefone agora e for ele , e ele te chamar para conversar? Aposto que você vai sair correndo atrás dele?
- Pior que vou.
- E se fosse o contrário, se você estivesse trepando com ele, e eu ligasse? Você faria o que?
- Desligaria na sua cara.
- Viu? Isso é amor. Passamos um dia conversando sobre a vida, ela fez um almoço caprichado e assistimos a um filme, “A morte pede carona”. No final do dia levei até a parada de ônibus, e foi a última imagem que guardo dela ,aquela imensa bunda subindo os degraus e dando tchauzinho com um sorriso encantador.

Quando estava indo para cara tinha me tocado, que não sabia seu nome. Durante toda aquela noite fiquei pensando sobre aquela conversa com a garota chocolate ( Na minha história ela ficou marcada com esse apelido ) . O universo feminino era um mundo a ser desvendado.


* esse capitulo faz parte das bonus trcks...textos publicados no fourm de musica Suicidiosocial

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