O Apanhador no Campo
de Centeio (J.D. Salinger)
O livro narra um fim-de-semana na
vida de Holden Caulfield, um jovem de 16 anos vindo de uma família abastada de
Nova Iorque. Holden, estudante de um reputado internato para rapazes, volta
para casa mais cedo no inverno, depois de ter recebido más notas em quase todas
as matérias e ter sido expulso da escola.
No regresso a casa, decide fazer
um périplo, adiando assim o confronto com a família. Holden vai refletindo
sobre a sua curta vida, repassa sua peculiar visão de mundo e tenta definir
alguma diretriz para seu futuro. Antes de enfrentar os pais, procura algumas
pessoas importantes para si, como um professor, uma antiga namorada, a sua
irmãzinha, e tenta explicar-lhes a confusão que passa pela sua cabeça.
Elogio da Loucura (Erasmo de Rotterdam)
O Elogio da Loucura é um ensaio
escrito em 1509 por Erasmo de Rotterdam (teólogo e um humanista neerlandês) e
publicado em 1511. O Elogio da Loucura é considerado um dos mais influentes
livros da civilização ocidental e um dos catalisadores da Reforma Protestante.
O livro começa com um aspecto
satírico para depois tomar um aspecto mais sombrio, em uma série de orações, já
que a loucura aprecia a auto-depreciação, e passa então a uma apreciação
satírica dos abusos supersticiosos da doutrina católica e das práticas
corruptas da Igreja Católica Romana. O ensaio termina com um testamento claro e
por vezes emocionante dos ideais cristãos.O ensaio é repleto de alusões
clássicas, escritas no estilo típico dos humanistas do Renascimento.
Pé na Estrada (Jack Kerouac)
Pé na Estrada (On The Road) é
considerado a obra prima de Jack Kerouac, um dos principais expoentes da
Geração Beat estadunidense, sendo uma grande influencia para a juventude dos
anos 60, que colocavam a mochila nas costas e botavam o pé na estrada. Foi
lançado nos Estados Unidos da América, pela primeira, vez em 1957.
Responsável por uma das maiores
revoluções do século XX, On the Road escancarou ao mundo o lado divertido da
experiência da vida americana, a partir da viagem de dois jovens – Sal Paradise
e Dean Moriaty – que atravessaram os Estados Unidos de costa a costa.
Acredita-se que Sal Paradise, o personagem principal, seja o próprio Jack
Kerouac. Também são encontrados no livro alguns escritores na forma de
personagens, como Allen Ginsberg, como Carlo Marx, e William Burroughs, como
Old Bull Lee.É um livro que influenciou a música, do rock ao pop, os hippies e,
mais tarde, até o movimento punk.
A Função do Orgasmo (Wilhelm Reich)
A Função do Orgasmo é um livro
publicado em 1975 pelo psiquiatra e psicanalista austríaco-americano Wilhelm
Reich.Nesta obra, Reich aproxima-se, por meio transverso, de idéias
menosprezadas pelo meio científico tradicional, tais como a Teosofia e até
mesmo o Espiritismo, falando da existência de uma substância intangível, vital,
que batizara de orgone cósmico – e que equivaleria, grosso modo, ao “prana”
teosófico ou o “fluido cósmico universal” de Kardec (Reich desconhecia
completamente o Yoga).
Analisando os efeitos da
respiração no ato sexual sobre o indivíduo, Reich chegou à conclusão que seu
uso harmonizaria o corpo físico, com implicações na própria mente, normalizando
o fluxo de trocas com o meio, pela correta absorção do orgônio.
A energia sexual é gerada no
corpo e necessita liberar-se através da convulsão orgástica que envolve todo o
organismo. Se esta liberação natural fica inibida, se produz um represamento
dessa energia (estase), que dá origem a todo tipo de mecanismos neuróticos. A
liberação dessa energia bloqueada através do restabelecimento da função do
orgasmo é a meta terapêutica, já que desta forma se restabeleceria o fluxo
natural da bioenergia e conseqüentemente se eliminaria a neurose.
Crepúsculo dos Ídolos, ou Como Filosofar com o Martelo (Nietzsche)
Crepúsculo dos Ídolos, ou Como
Filosofar com o Martelo (no original em alemão: Götzen-Dämmerung oder Wie man
mit dem Hammer philosophiert) foi a penúltima obra do filósofo alemão
Nietzsche, escrita e impressa em 1888, pouco antes de o filósofo perder a
razão. O próprio Nietzsche a caracterizou – numa das cartas acrescentadas em
apêndice a esta edição – como um aperitivo, destinado a “abrir o apetite” dos
leitores para a sua filosofia. Trata-se de uma síntese e introdução a toda a
sua obra, e ao mesmo tempo uma “declaração de guerra”. É com espírito guerreiro
que ele se lança contra os “ídolos”, as ilusões antigas e novas do Ocidente: a
moral cristã, os grandes equívocos da filosofia, as idéias e tendências
modernas e seus representantes. De tão variados e abrangentes, esses ataques
compõem um mosaico dos temas e atitudes do autor: o perspectivismo, o
aristocratismo, o realismo ante a sexualidade, o materialismo, a abordagem
psicológica de artistas e pensadores, o antigermanismo, a misoginia. O título é
uma paródia do título de uma opera de Wagner, Crepúsculo dos deuses. No
subtítulo, a palavra “martelo” deve ser entendida como marreta, para destroçar
os ídolos, e também como diapasão, para, ao tocar as estátuas dos ídolos,
comprovar que são ocos.
O Macaco e a Essência (Aldous Huxley)
A estória começa no ano 2018, num
planeta arrasado pela 3a Guerra Mundial em que o único espaço da Terra não
destruído pelas batalhas é a Nova Zelândia, de onde parte uma expedição para
explorar o que restou da América. Lá encontram uma terra dominada por babuínos
que mantêm sob seu domínio, entre outras coisas, cientistas encoleirados. A
obra, concebida depois do uso de bombas nucleares na 2a Guerra Mundial, é uma
crítica do autor de Admirável Mundo Novo aos rumos da ciência, cada vez mais
usada para fins bélicos.A metáfora dos “Einsteins encoleirados”, bem como o
domínio dos babuínos, foi a forma encontrada por Huxley para criticar os rumos
da ciência, utilizada para fins destrutivos. Sua crítica recai não somente
sobre o destino dos avanços científicos, como também sobre as várias
instituições e ideologias que povoam o mundo moderno, a alienação e as
ferramentas de manipulação e massificação do ser humano. Em seu peculiar tom
apocalíptico, Huxley ironiza a desgraça do homem, na sua sede de auto-destruição.
O livro passa uma mensagem muito
importante para nossa sociedade contemporânea, cada vez mais dominada pelo
medo. Sendo portando o medo uma forma eficaz de manutenção do poder.“O amor
elimina o medo, mas reciprocamente o medo elimina o amor. E não apenas o amor.
O medo elimina a inteligência, elimina a bondade, elimina todo pensamento de
beleza e verdade.”
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