sábado, 13 de outubro de 2012

Literatura Rock And Roll II



O Apanhador no Campo de Centeio (J.D. Salinger)

O livro narra um fim-de-semana na vida de Holden Caulfield, um jovem de 16 anos vindo de uma família abastada de Nova Iorque. Holden, estudante de um reputado internato para rapazes, volta para casa mais cedo no inverno, depois de ter recebido más notas em quase todas as matérias e ter sido expulso da escola.

No regresso a casa, decide fazer um périplo, adiando assim o confronto com a família. Holden vai refletindo sobre a sua curta vida, repassa sua peculiar visão de mundo e tenta definir alguma diretriz para seu futuro. Antes de enfrentar os pais, procura algumas pessoas importantes para si, como um professor, uma antiga namorada, a sua irmãzinha, e tenta explicar-lhes a confusão que passa pela sua cabeça.


Elogio da Loucura (Erasmo de Rotterdam)

O Elogio da Loucura é um ensaio escrito em 1509 por Erasmo de Rotterdam (teólogo e um humanista neerlandês) e publicado em 1511. O Elogio da Loucura é considerado um dos mais influentes livros da civilização ocidental e um dos catalisadores da Reforma Protestante.

O livro começa com um aspecto satírico para depois tomar um aspecto mais sombrio, em uma série de orações, já que a loucura aprecia a auto-depreciação, e passa então a uma apreciação satírica dos abusos supersticiosos da doutrina católica e das práticas corruptas da Igreja Católica Romana. O ensaio termina com um testamento claro e por vezes emocionante dos ideais cristãos.O ensaio é repleto de alusões clássicas, escritas no estilo típico dos humanistas do Renascimento.



Pé na Estrada (Jack Kerouac)

Pé na Estrada (On The Road) é considerado a obra prima de Jack Kerouac, um dos principais expoentes da Geração Beat estadunidense, sendo uma grande influencia para a juventude dos anos 60, que colocavam a mochila nas costas e botavam o pé na estrada. Foi lançado nos Estados Unidos da América, pela primeira, vez em 1957.

Responsável por uma das maiores revoluções do século XX, On the Road escancarou ao mundo o lado divertido da experiência da vida americana, a partir da viagem de dois jovens – Sal Paradise e Dean Moriaty – que atravessaram os Estados Unidos de costa a costa. Acredita-se que Sal Paradise, o personagem principal, seja o próprio Jack Kerouac. Também são encontrados no livro alguns escritores na forma de personagens, como Allen Ginsberg, como Carlo Marx, e William Burroughs, como Old Bull Lee.É um livro que influenciou a música, do rock ao pop, os hippies e, mais tarde, até o movimento punk.


A Função do Orgasmo (Wilhelm Reich)

A Função do Orgasmo é um livro publicado em 1975 pelo psiquiatra e psicanalista austríaco-americano Wilhelm Reich.Nesta obra, Reich aproxima-se, por meio transverso, de idéias menosprezadas pelo meio científico tradicional, tais como a Teosofia e até mesmo o Espiritismo, falando da existência de uma substância intangível, vital, que batizara de orgone cósmico – e que equivaleria, grosso modo, ao “prana” teosófico ou o “fluido cósmico universal” de Kardec (Reich desconhecia completamente o Yoga).

Analisando os efeitos da respiração no ato sexual sobre o indivíduo, Reich chegou à conclusão que seu uso harmonizaria o corpo físico, com implicações na própria mente, normalizando o fluxo de trocas com o meio, pela correta absorção do orgônio.
A energia sexual é gerada no corpo e necessita liberar-se através da convulsão orgástica que envolve todo o organismo. Se esta liberação natural fica inibida, se produz um represamento dessa energia (estase), que dá origem a todo tipo de mecanismos neuróticos. A liberação dessa energia bloqueada através do restabelecimento da função do orgasmo é a meta terapêutica, já que desta forma se restabeleceria o fluxo natural da bioenergia e conseqüentemente se eliminaria a neurose.


Crepúsculo dos Ídolos, ou Como Filosofar com o Martelo (Nietzsche)

Crepúsculo dos Ídolos, ou Como Filosofar com o Martelo (no original em alemão: Götzen-Dämmerung oder Wie man mit dem Hammer philosophiert) foi a penúltima obra do filósofo alemão Nietzsche, escrita e impressa em 1888, pouco antes de o filósofo perder a razão. O próprio Nietzsche a caracterizou – numa das cartas acrescentadas em apêndice a esta edição – como um aperitivo, destinado a “abrir o apetite” dos leitores para a sua filosofia. Trata-se de uma síntese e introdução a toda a sua obra, e ao mesmo tempo uma “declaração de guerra”. É com espírito guerreiro que ele se lança contra os “ídolos”, as ilusões antigas e novas do Ocidente: a moral cristã, os grandes equívocos da filosofia, as idéias e tendências modernas e seus representantes. De tão variados e abrangentes, esses ataques compõem um mosaico dos temas e atitudes do autor: o perspectivismo, o aristocratismo, o realismo ante a sexualidade, o materialismo, a abordagem psicológica de artistas e pensadores, o antigermanismo, a misoginia. O título é uma paródia do título de uma opera de Wagner, Crepúsculo dos deuses. No subtítulo, a palavra “martelo” deve ser entendida como marreta, para destroçar os ídolos, e também como diapasão, para, ao tocar as estátuas dos ídolos, comprovar que são ocos.



O Macaco e a Essência (Aldous Huxley)

A estória começa no ano 2018, num planeta arrasado pela 3a Guerra Mundial em que o único espaço da Terra não destruído pelas batalhas é a Nova Zelândia, de onde parte uma expedição para explorar o que restou da América. Lá encontram uma terra dominada por babuínos que mantêm sob seu domínio, entre outras coisas, cientistas encoleirados. A obra, concebida depois do uso de bombas nucleares na 2a Guerra Mundial, é uma crítica do autor de Admirável Mundo Novo aos rumos da ciência, cada vez mais usada para fins bélicos.A metáfora dos “Einsteins encoleirados”, bem como o domínio dos babuínos, foi a forma encontrada por Huxley para criticar os rumos da ciência, utilizada para fins destrutivos. Sua crítica recai não somente sobre o destino dos avanços científicos, como também sobre as várias instituições e ideologias que povoam o mundo moderno, a alienação e as ferramentas de manipulação e massificação do ser humano. Em seu peculiar tom apocalíptico, Huxley ironiza a desgraça do homem, na sua sede de auto-destruição.

O livro passa uma mensagem muito importante para nossa sociedade contemporânea, cada vez mais dominada pelo medo. Sendo portando o medo uma forma eficaz de manutenção do poder.“O amor elimina o medo, mas reciprocamente o medo elimina o amor. E não apenas o amor. O medo elimina a inteligência, elimina a bondade, elimina todo pensamento de beleza e verdade.”


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