Nestas páginas confessionais, o
leitor vai encontrar relatada grande parte dos acontecimentos imortalizados em
On the road, a eterna e iluminada devoção do escritor por um catolicismo
místico, histórias das suas viagens pelos quatro cantos dos Estados Unidos, seu
amor por uma América transcendental e anotações de idéias para inúmeros textos,
além da sua crônica e tocante melancolia. Além do monstro sagrado, que tinha a
implacável convicção de que logo haveria “uma nova grande revolução da alma”,
vemos um jovem como tantos outros, cheio de dúvidas e medos, preocupado em
arranjar uma namorada.
Conforme fica claro na
introdução, este livro “traz provas definitivas do profundo desejo de Kerouac
de tornar-se um grande e duradouro romancista americano. Repletas de inocência
juvenil e da luta para amadurecer e fazer sentido em um mundo de pecados, estas
páginas revelam um artista sincero tentando descobrir sua própria voz”.
Revelam, enfim, a alma e os sentimentos por trás de On the road e de outras
tantas obras que transformaram a literatura e o pensamento do século XX.
“Os diários de Kerouac me fazem lembrar de uma época, nem tão distante
assim, quando ainda havia algumas pessoas apaixonadamente sensíveis à escrita e
ao ato de escrever. Hoje elas estão extintas.”
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