quinta-feira, 28 de maio de 2020

Pra viajar no cosmos não precisa Gasolina


Gostar de uma musica ou de uma banda, é uma associação afetiva, com as sensações ou sentimentos que elas transmitem ao ouvinte. Numa tarde fria de maio, acompanhado de uma xícara de café preto quente e forte, olhando o pôr-do-sol no meu mirante particular na Bom Jesus , embarco em uma viagem psicodélica ao escutar o disco de musica instrumental “Spectrodelic Project” do guitarrista gaucho Vince Velvet .

A viagem inicia com a sonoridade rústica dos velhos discos de vinil em “Terrific”, me sinto em uma montanha russa nos anos 70, a capa enigmática esconde um vulcão psciodélico , a lava é expelida em formas de riffs nas nervosas “Grande Tiro” e “Stone Crusher”.

A calma “Benny” prepara o ouvinte para a belíssima “Chuva em Seattle”, com sua distorção suja e encorpada, acordes com cheiro de rua. A prazerosa surpresa é que o disco gravado, produzido e mixado pelo próprio Vince, não se prende apenas a um estilo, isso faz a viagem mais interessante, indo do erudido ao jazz , namorando com blues e transando com o bom velho Rock and Roll com timbres setentistas , sempre recheada com uma abençoada lisergia em cada acorde.

A seqüência “O Viajante”- “Duna Lunar”- “The Sequence”- “Boreal” é matadora, estico as pontas dos dedos para tocar as garotas imaginárias dançando em um salão de espelhos. “Frank Junk” é um funk para relaxar os músculos e o corpo, para te fazer voltar a terra. “Frequência Alterada” e “Spectrodelic Project” encerram o passeio.

Recomendo essa viagem a todos os amigos.

Ouça o disco da Spetrodelic Project:
https://linktr.ee/spectrodelic

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