segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Adeus , Mestre Lou Reed


A primeira vez que peguei um encarte do Lou Reed , e vi as letras , fiquei chapado...descobri que por mais que tentasse jamais chegaria nem perto dele ( é quando se é moleque se tem a ilusão de ser maior do que seus ídolos , me desculpem ) peguei tudo que tinha escrito ate então e joguei no lixo....achava engraçado esse povo que endeusava caetanos e chicos como grandes letristas.....Lou Reed era a poesia com cheiro de rua , para o bem ou para o mal , ele não era simpático , nem fazia questão de ser....não fazia tipo , toda vez que escrevi algo na minha vida de rockstar decadente e por sinal sem nenhuma glória foi sempre pensando nele...valeu veio por tudo , e principalmente por não ter se tornado um cuzão com o passar do tempo....rock and roll de verdade é para quem não tem medo de se arriscar.

Vênus em Peles

Brilhantes, brilhantes, brilhantes botas de couro
Garotinha açoitada no escuro
Vem ao sinal do sino, seu servo, não o abondone
Golpeie, querida senhora, e cure o coração dele
Pecados aveludados das fantasias da rua
Caçe as roupas que ela deverá vestir
Peles de arminho adorna a soberba
Severin, Severin o aguarda lá
Eu estou cansado, eu estou exausto
Eu poderia dormir por mil anos
Mil sonhos que iriam me acordar
Cores diferentes feitas de lágrimas
Beije a bota de brilhante, brilhante couro
Brilhante couro no escuro
A língua da correia, o cinto que o aguarda
Golpeie, querida senhora, e curo o coração dele
Severin, Severin, fala tão superficialmente
Severin, fique de joelhos
Sinta o chicote, em amor não dado levemente
Sinta o chicote, agora implore por mim
Eu estou cansado, eu estou exausto
Eu poderia dormir por mil anos
Mil sonhos que iriam me acordar
Cores diferentes feitas de lágrimas
Brilhantes, brilhantes, brilhantes botas de couro
Garotinha açoitado no escuro
Severin, seu servo, por favor não o abandone
Golpeie, querida senhora, e cure o coração dele

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