segunda-feira, 16 de setembro de 2013

De volta a civilização



Um casa no fim do mundo , onde o único contato com o restante da humanidade , é uma estrada vicinal que corta o horizonte , que em dias mais movimentados chegam a passar não mais que dois carros durante o dia . Mergulhado num ferro velho sentimental  resolvi mergulhar no meu “Walking Dead”  pessoal. Sem celular,computador,rádio,televisão, apenas eu e os meus demônios internos . Para piorar a situação resolvi dormir durante o dia e ficar acordado durante a noite , trocar a luz pela escuridão e sofrer sozinho como se o mundo tivesse terminado e nada mais restasse , um passo antes da loucura total e irreversível.....mas sobrevivi , mais uma vez fui ao inferno . E voltei mais forte.

Sentado na varanda em frente a velha casa olhando a imensidão da noite , buscando um caminho de volta , buscando forças...

Nos dias de chuva nem chegava a levantar da cama , ficava escutando a chuva lamber o telhado e o vento cantar sua canção mais doce e pensava em você , em quanto eu tinha pra te dizer e resolvi voltar , resolvi não morrer.


Estou de volta rastejando , mas inteiro colando os pedaços , secando as lágrimas e disposto a queimar , transpor os limites , deixar-me amostra , você me faz querer viver, minha salvação e minha perdição , devastadora como cocaína , doce como mel, um metro sessenta e cinco de lembranças que me fazem querer sempre um pouco mais...um pouco mais.

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