Ao
Mestre Julio Reny
Eu era um garoto punk perambulando
pela galeria chaves , no centro de Porto Alegre , quando pela primeira vez
escutei a musica “ Não chores Lola “ , era como se eu me sentisse dentro da
canção , não conhecia quem estava cantando , mas a identificação foi imediata ,
fiquei parado na porta da loja , até a musica terminar no rádio e o louctor (
Mauro Borba ) mencionar quem era.
Julio Reny não era punk ( apesar de
ter interpretado Sid Vicious numa curta metragem ) , mas mostrou para toda uma
geração que o sonho de ter uma banda na capital sulista era viável , incentivou
e participou de várias delas .Nunca teve o reconhecimento que merecia , mas se
montei uma banda naquela época ( e descobri os prazeres e dissabores da vida
Rock And Roll ) e se hoje chamo a minha mulher de princesa , a culpa é dele .
Cada disco dele é como um livro ,
cada canção um capitulo de quem vive o que canta , se deixa amostra , sem medo
, um artista de verdade , que canta seus prazeres , seus defeitos e seus amores
, muitas vezes dançando com a dona Morte ou beijando a loucura de um amor
perdido , fugindo para paraisos imaginários.
A Vida é engraçada, depois de anos
ajudo na pesquisa da biografia do cara que me inspirou a montar uma banda e
no meio do show do lançamento do livro ele me menciona nos agradecimentos.
Valeu Cristiano Bastos por me dar
essa chance única.
Muito Obrigado Julio
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