Entre uma canção e outra nas madrugadas sulistas dos anos 80 , nos ensaios eternamente longos , regados a cafe preto e insônia , surgiam letras que não se encaixavam....e que por sorte eu guardei , e volta e meia elas voltam a me assombrar , como fantasmas.
As nuvens simplesmente congelaram
No céu azul estupido de abril
Sinto a sua falta , mas não consigo mais chorar
As lágrimas secaram
Mas a dor continua me esperando
Na esquina do meu quarto
Descansando entre as cobertas
A fumaça do cigarro
Não me acalma mais
Nem todo o álcool da galaxia
Tira o gosto amargo
Sinto falta até do que nós não conseguimos viver
das histórias que ficaram sem finais
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