terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Divagações de um eremita

Sentir o mundo , ver toda a minha insignificância perante a mãe natureza , olhar a grandiosa noite caindo sobre a velha cabana , sem palavras para descrever a sensação de ver o luar entre os velhos pinheiros , sentir a brisa da madrugada entrar pelas minhas narinas , e ver a dança dos vagalumes nos arbustos , tenho apenas lenha e um pouco de comida , alguns cigarros e uma garrafa de vinho , mas me sinto um Deus , um Deus selvagem , livre de toda a culpa e disposto a cavalgar até a Aurora boreal , até os confins mais remotos do planeta e da galáxia.

Um liberdade nunca sentida antes , mas ao mesmo tempo uma sensação assustadora de que se morresse na imensidão daquela floresta , apodreceria até ser encontrado por outra pessoa , isolado do mundo não para me esconder , mas para me encontrar . Me encontrar com meus demônios interiores , buscando todas as respostas que somente eu mesmo posso responder.

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