Depois de tanto anos
por mais que eu tente
eu não consigo colocar em versos
toda a intensidade
mas como já tinha te dito antes
todas as canções que já escrevi
mesmo antes de você entrar na minha história
já eram pensando em você
desculpe eu não consigo esconder
Você já conhece todos os meus truques
e todos os meus pontos fracos
e minha capacidade natural
de não ter certeza de nada
Amor, sexo , instinto
invente um nome , jogue os dados
Mas você não sai da minha cabeça
Princesa,
desculpe eu não consigo esconder
segunda-feira, 30 de maio de 2016
sexta-feira, 27 de maio de 2016
Vicios
São os prazeres mundanos da vida que te levam a morte , mas também são eles que fazem a vida ter graça , porque sentido...bah sentido? desencana meu chapa porque não tem não.
quinta-feira, 26 de maio de 2016
Cheiro de Rua
"Desça a rua, qualquer rua, gravando e fotografando tudo que você ouvir e ver. Vá então para casa e escreva a respeito de suas observações, sentimentos, associações e pensamentos. Depois compare suas anotações com as evidências fornecidas pelas fotos e fitas. Descobrirás que sua mente registrou apenas uma fração de sua vivência. O que você deixou de fora talvez seja o que você precise descobrir. A verdade pode aparecer apenas uma vez. Ela pode não ser repetida".
William Burroughs
Garota que Ama a Chuva
Garota que ama a chuva
a sua saliva , o seu gosto único
me fazem falta
em quase todo o miserável segundo
garota que ama a chuva
Você bagunçou meu mundo
Completamente chapado
pelo seu veneno
Pés descalços no carpete
Sempre seminua
na minha imaginação
Talvez seja algo químico
mas todo o final de tarde
a melancolia
em forma de dependência explode...
as vezes em conta-gotas
outras feito um vendaval
e como um jornal velho
eu sigo ao sabor do vento
me deixando levar
Até o próximo bar
Letra não registrada/gravada da banda Harley Davidson Boys
a sua saliva , o seu gosto único
me fazem falta
em quase todo o miserável segundo
garota que ama a chuva
Você bagunçou meu mundo
Completamente chapado
pelo seu veneno
Pés descalços no carpete
Sempre seminua
na minha imaginação
Talvez seja algo químico
mas todo o final de tarde
a melancolia
em forma de dependência explode...
as vezes em conta-gotas
outras feito um vendaval
e como um jornal velho
eu sigo ao sabor do vento
me deixando levar
Até o próximo bar
Letra não registrada/gravada da banda Harley Davidson Boys
domingo, 15 de maio de 2016
Divagações Lisérgicas
Porque aceitar as migalhas?
Porque respeitar os limites?
Nascemos livres , mas aos poucos
Perdemos por medo ou acomodação
O poder de seguir apenas o instinto
Pouco importa o que os outros venham a pensar
eu quero seguir minha caminhada
mãos nos bolso na madrugada
álcool e cigarros , e drogas barra pesadas
como o amor..te consomem pouco a pouco
a alma , mas te trazem visões da redenção
o que é a existência senão
pequenos momentos de felicidade....
Porque respeitar os limites?
Nascemos livres , mas aos poucos
Perdemos por medo ou acomodação
O poder de seguir apenas o instinto
Pouco importa o que os outros venham a pensar
eu quero seguir minha caminhada
mãos nos bolso na madrugada
álcool e cigarros , e drogas barra pesadas
como o amor..te consomem pouco a pouco
a alma , mas te trazem visões da redenção
o que é a existência senão
pequenos momentos de felicidade....
sábado, 7 de maio de 2016
Jack Kerouac - O maior de todos
Kerouac, de origem franco-canadense, teve uma infância séria, onde era muito dedicado à mãe. Freqüentou um colégio jesuíta e ajudou o pai numa fábrica de impressão. Um de seus traumas mais trágicos, que voltaria relatado em seus romances, foi a morte de seu irmão Gerard quando ele tinha apenas nove anos.
Devido às dificuldades econômicas por que passava a família, Jack resolveu fazer parte do time de futebol americano do colégio para tentar uma bolsa de estudo na faculdade. Assim conseguindo entrar na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, para onde mudou-se com a família.
Antes de pegar o diploma, abandonou os estudos após uma briga com o treinador e resolveu alistar-se na Marinha. De acordo com o biógrafo Yves Buin, autor de Kerouac , Jack assumiu certa vez haver feito felação num marinheiro.
Não se ajustando à marinha de guerra, acabou na marinha mercante, onde ficou algum tempo. Quando não estava viajando, Jack andava por Nova Iorque acompanhado de seus amigos "delinqüentes" da Universidade de Columbia, entre eles Allen Ginsberg e William Burroughs, chamado de Bill pelos camaradas, além de seu maior companheiro de viagens, Neal Cassady, o “Cowboy”. Foi a época em que Jack conheceu os grandes amigos que formariam, alguns anos mais tarde, o pelotão de frente da geração beat, para desgosto da mãe.
Viagens de Kerouac pela América
A relação do escritor com Neal foi determinante para despertar em Jack sua vontade reprimida de botar o pé na estrada e desfrutar de uma liberdade ainda não experimentada. Os dois viajaram por sete anos percorrendo a rota 66, que cruza os EUA na direção leste-oeste, com descidas freqüentes ao México. Saíram de Nova York e cruzaram o país em direção a São Francisco. Dessa jornada saiu o livro “On the Road”, cujo protagonista é Dean Moriarty, o nome criado por Jack para representar o amigo Neal.
Kerouac começou a escrever um romance, falando sobre os tormentos que sofria para equilibrar a vida selvagem da cidade com os seus valores do velho mundo. Foi o seu primeiro romance publicado, porém não chegou a lhe trazer fama. Passaria muito tempo para que ele publicasse novamente. Na tentativa de escrever sobre as surpreendentes viagens que vinha fazendo com o amigo de Columbia, Neal Cassady, Kerouac experimentou formas mais livres e espontâneas de escrever, contando as suas viagens exatamente como elas tinham acontecido, sem parar para pensar ou formular frases. O manuscrito resultante sofreria 7 anos de rejeição até ser publicado. Jack escrevia vários romances, que ia guardando em sua mochila, enquanto vagava de um lado a outro do país. Escreveu Tristessa obra sobre uma viciada em morfina que vive na cidade do mexico... É um romance triste, cheio de ensinamentos budistas ,repleto de compaixão pelo sofrimento humano.
No verão de 1953 Jack Kerouac envolveu-se com uma moça negra, experiência que usou para escrever em 1958 "Os subterrâneos". Escrito em três dias e três noites, Os subterrâneos foi gerado a partir do mesmo tipo de rompante inspiracional que produziu o grande clássico de Kerouac, On the road (traduzido no Brasil no verão de 2007 como Pé na estrada, por Eduardo Bueno) Em 1955 Kerouac apaixonou-se por uma prostituta indígena chamada Esperanza.
Foi publicado pela primeira vez en 1960 e baseado em fatos biograficos.
O método de escrever inovador
Jack Kerouac escreveu sua obra-prima “On The Road”, livro que seria consagrado mais tarde como a “bíblia hippie”, em apenas três semanas. O fôlego narrativo alucinante do escritor impressionou bastante seus editores. Jack usava uma máquina de escrever e uma série de grandes folhas de papel manteiga, que cortou para servirem na máquina e juntou com fita para não ter de trocar de folha a todo momento. Redigia de forma ininterrupta, invariavelmente sem a preocupação de cadenciar o fluxo de palavras com parágrafos.
O material bruto que chegou às mãos de Malcom Cowley, da editora Viking Press, em 1957, deu trabalho. Os rolos quilométricos de texto tiveram de ser revisados, foram inseridos pontos e vírgulas e praticamente 120 páginas do original foram eliminadas. O estilo-avalanche de Jack tinha ainda um elemento intensificador. Ao contrário às idéias correntes, que trabalhou em cima do livro sob o efeito de benzedrina, uma droga estimulante, Kerouac, em admissão própria, abasteceu seu trabalho com nada mais que café.
Drogas
O uso de drogas era comum entre Jack Kerouac e seus amigos. Sobre o assunto, o amigo Allen Ginsberg comentou que “Começamos a experimentar benzedrina e anestésicos. Eu pensava que não poderia escrever porque minha mente ficava confusa, mas Jack sentia que podia escrever romances usando isso. E acho que alguns dos seus romances do início dos anos 50 foram escritos sob efeito desses e outros tóxicos. Jack praticamente se sentava e datilografava por várias semanas, fazia correções, escrevia continuamente 5, 6 ou 7 horas por dia, às vezes até o dia inteiro”.
“Jack sempre foi muito tímido, ainda que parecesse durão, era doce, sensível, passional. Neal era mais espontâneo, machão sem fazer esforço, mas também se interessava muito pelas palavras. Ele esperava Jack ensiná-lo a ser do seu jeito. Eles eram opostos e muita gente pensava que se pareciam. Neal era rude, Jack era mais introvertido e gostaria de ter a mesma iniciativa com as mulheres. Ele gostava de ver Neal fazer isso”, diz a novelista e mulher de Neal, Carolyn Cassady.
Sucesso e crítica
O sucesso e o prestígio conquistados após a publicação de “On the Road”, em 1957, deixou Jack atormentado. Apesar de eventuais críticas positivas que realçavam o caráter inovador da obra, muitos o tacharam de subliterato e imoral. A primeira resenha escrita por Gilbert Millstein no jornal The New York Times foi satisfatória. Ele recorda no documentário “O Rei dos Beats” qual foi sua sensação ao ler o livro: “Eu li o livro e fiquei simplesmente estupefato. Eu disse ali que acreditava naquilo como a expressão perfeita de uma geração, assim como Hemingway em ‘The Sun Also Rises’ também foi uma expressão da sua geração naquela época”.
O efeito imediato da fama causou apreensão e relutância em Jack. Joyce Johnson, a jovem namorada com quem o escritor morava na época, relembra a reação dele diante da celebração instantânea: “Ele estava agitado e com medo. Ele também sentia que teria de viver para sua imagem pública, pois todos esperariam que ele fosse como Dean Moriarty ou Neal Cassady, mas ele era só Jack Kerouac. Era bastante tímido, preferia ficar num canto olhando, refletindo.”
Logo após a publicação, Jack trabalhou intensamente em outros projetos. “The Dharma Bums”, lançado em 1958, foi a tentativa do escritor de estabelecer afinidades com o budismo. É o relato de uma escalada com o amigo poeta Gary Snyder em busca de realizações espirituais.
Isolamento
Nesta mesma época, Jack resolveu se isolar do convívio humano. Subiu até o alto de uma colina e passou longos dias sozinho confinado em uma cabana sem eletricidade e sem vidros nas janelas. Tomava quase uma garrafa de bebida por dia e sofreu com alucinações e paranóias. A experiência foi registrada no livro “Big Sur”, de 1962.
O problema do alcoolismo piorou com o tempo. Derrotado e solitário, vai morar com a sua mãe em Long Island. Seus últimos trabalhos exibiam uma alma desconectada de um ser humano perdido em ilusões. Apesar do estereótipo de beatnik, Kerouac era um conservador, especialmente sob a influência de sua mãe católica. O vigor deu lugar ao cansaço, e o escritor resignou-se a uma vida ordinária.
Frequentemente apaixonado, ele chegou a casar duas vezes ao longo da vida, mas ambos os matrimônios acabaram em poucos meses. Na metade dos anos 60, Jack casa novamente, agora com uma velha conhecida de infância. Ele, a esposa e a mãe mudam para St. Petersburg, na Flórida
Em 21 de outubro de 1969, Jack Kerouac morreu de hemorragia, destruído pela bebida, quando tinha apenas 47 anos, no hospital em St. Petesburg, na Flórida. O amigo e agente literário Allen Ginsberg reverencia seu talento: “Eu não conheço outro escritor que teve influência tão produtiva quanto Kerouac, que abriu o coração como escritor para contar o máximo dos segredos da sua própria mente”.
Pensamentos Libertários
"O que mata as pessoas é a ambição. E também esta tendência para a sociedade de consumo. Quando vejo publicidade na televisão, digo a mim mesmo: podem me apresentar isto anos a fio que nunca comprarei nada daquilo que mostram. Nunca desejei um belo automóvel. Nunca desejei outra coisa senão ser eu próprio. Posso caminhar na rua com as mãos nos bolsos e sinto-me um príncipe."
Albert Cossery
...porque as únicas pessoas autênticas, para mim, são as loucas, as que estão loucas por viver, loucas por falar, loucas por serem salvas, desejosas de tudo ao mesmo tempo, as que não bocejam nem dizem nenhum lugar-comum, mas ardem, ardem, ardem como fabulosas grinaldas amarelas de fogo-de-artifício a explodir, semelhantes a aranhas, através das estrelas, e no meio vê-se o clarão azul a estourar e toda a gente exclama Aaaah!
Jack Kerouac
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